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domingo, 12 de julho de 2009

Não é justo

Não é justo que eu sonhe
justo é que maldiga
Não é justo que eu ria
Justo é que chore
Não é justo que eu cante
Justo é que deplore
Não é justa a alegria
Justa é a amargura
Não é justo que eu ganhe
Justo é que perca
Mas eu não sou de justiças
Sou de sonhos
E de risos
E canto como um doido
Com alegria de quem não tem culpa
E ganho mil vezes menos do que perco
E darei cabo dos filhos da puta
Que sejam a causa da minha agonia
Dar-lhes-ei batalha justa
Com raiva justa
Sem alegria.