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terça-feira, 28 de julho de 2009

E se um dia

Há um caminho
O dia e a noite
E o infinito
Os meus pés
Pela paz
A diante
Um bando de aves
Planando
Sobre uma montanha
Nada quero
Mas quero ter-te
Em lapsos dementes
De imagem imaginada
Bandeira
Içada sobre escombros
Ao assobio do vento
Palmeira desterrada
Sonho de não ser
Na tarde sem sol
Náufraga viva
Espera
Fora do tempo
Sem margens
Nem pontes
Nem lugar
Templo às divindades de nós
À imagem ignorada
Do tempo sem voz
Amor que se sabe
De ouvir falar
Desejo ilimitado
De não desejar
Sem caminho de ir
Nem de regressar
Prisioneiro
Sem porta de entrada
Cuja saída procura
Sem descanso
Liberdade perdida
Em sonhos reconhecida

Corpo nos braços
Que não salvou
Espelho angular
Que não evitou.